quinta-feira, 7 de março de 2013

Alunos do 5º ano discutem e socializam saberes sobre o dia Internacional da Mulher

Os alunos do 5º "A" do Educandário Lápis na Mão refletriram sobre a importância da mulher na sociedade através do poema de Cora Coralina " Assim eu vejo a vida", onde além de pensar sobre a função da mulher na sociedade puderam trabalhar diversos conteúdos, especificamente dígrafos.

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições 
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

                               Cora Coralina 





Quem foi Cora Coralina?

                           

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Cora Coralina, uma das principais escritoras brasileiras, publicou seu primeiro livro aos 76 anos de idade. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria no estado de São Paulo por quarenta e cinco anos, inicialmente nos municípios de Avaré e Jaboticabal, e depois em São Paulo, para onde se mudaria em 1924.

Ao chegar à capital, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
 
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.

Ao completar cinquenta anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que
escolhera para si muitos anos atrás.Durante esses anos Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal,com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada.

Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias.Lançado pela gravadora Paulinas Compep,o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD.Cora Coralina morreu em Giania.A sua casa na cidade de Góias foi tranformada em museu em homenagem a sua história de vida e produção literária.
 
 
 
 
Obras de Cora Coralina

- Estórias da Casa Velha da Ponte
- Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
- Meninos Verdes (infantil)
- Meu livro de cordel
- O Tesouro da Casa Velha
- Vintém de Cobre
- A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (Infantil)
- Cora Coragem Cora Poesia (biografia escrita por sua filha Vicência Bretas Than).  
 

 

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